· A pirataria de CDs ·
Um em cada três CDs de música vendidos no mercado mundial é pirata. Em 2004 foram vendidos no mundo 1,2 bilhão de CDs pirateados, que geraram lucros ilegais no valor de 4,6 bilhões de dólares. Esse valor representa 34% do mercado mundial de discos. Segundo dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFIP), os dez países com os maiores índices de discos pirateados são: Paraguai (99%), China (85%), Indonésia (80%), Ucrânia (68%), Rússia (66%), México (60%), Paquistão (59%), Índia (56%), Brasil (52%) e Espanha (24%). Na China, o índice é o segundo maior, de 85%, porém o país constitui o maior mercado pirata do mundo. A lista ainda é composta por mais quatro países: Bulgária, Canadá, Coréia e Taiwan, onde a pirataria tem registrado números crescentes.Em 31 países as vendas clandestinas superaram as vendas legalizadas. A quantidade de discos pirateados, em todo o mundo, duplicou nos últimos cinco anos. O mercado brasileiro já ocupou a 6ª posição no ranking mundial, hoje é o 12º em volume de vendas, em função da pirataria, que representa quase 60% do mercado de cds. Por causa deste grave problema a União, Estados e Municípios, deixaram de arrecadar, R$ 250 milhões em impostos no ano de 2003. O crescimento deste mercado ilegal nos últimos cinco anos foi responsável pela redução de cerca de 50% do número de funcionários das gravadoras, inclusive fechamentos, diminuição de 60% de artistas contratados, causando também uma redução drástica de novos lançamentos.No ano de 2004 mais de 17 milhões de unidades falsificadas foram apreendidas no país. Atualmente a reprodução ilegal no Brasil supera 100 milhões de unidades anuais.
· O crescimento do mercado ilegal de DVDs
A venda de DVDs em todo o mundo tem crescido nos últimos anos e junto com ela o comércio ilegal do produto.Enquanto a indústria e o cinema planejavam aumentar as vendas e a popularidade do DVD, o comércio pirata se sofisticou e surpreendeu - são vendidas cópias de filmes que nem mesmo estreiaram nos cinemas. Na América Latina, a falsificação de DVDs chega a 45% dos produtos comercializados, de acordo com dados da Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (Adepi). O percentual global é de 22%. No Brasil, 35% do mercado é pirata, gerando um prejuízo anual de R$ 340 milhões. Somente neste ano 13,2 milhões de unidades pirateadas foram apreendidas no país, segundo dados da APDIF (Associação Protetora dos Direitos Intelectuais e Fonográficos).
· Softwares A pirataria de software continua sendo um grande desafio mundialmente. Com o aumento do acesso à Internet, as empresas de software vêm presenciando um rápido aumento na pirataria, à medida que as redes de troca de arquivos e sites tornam mais fácil a troca de toda espécie de material protegido por direitos autorais. Segundo pesquisas da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e da BSA (Business Software Alliance), 35% do software instalado em computadores pessoais no mundo em 2004 eram pirateados. As perdas decorrentes da pirataria giram em torno de US$ 33 bilhões. Em mais da metade dos 87 países pesquisados, o índice de pirataria ultrapassou 60%. Em 24 países, ultrapassou 75%. Os países com os índices de pirataria mais altos foram Vietnã (92%), Ucrânia (91%), China (90%), Zimbabwe (90%) e Indonésia (87%). Os países com os índices de pirataria mais baixos foram Estados Unidos (21%), Nova Zelândia (23%), Áustria (25%), Suécia (26%) e Reino Unido (27%). Um fator importante para determinar perdas causadas por pirataria em um país específico é o tamanho do mercado de software deste país. Os Estados Unidos, por exemplo, apresentaram o índice mais baixo de pirataria de todos os países pesquisados, 21%, mas tiveram as perdas mais altas, US$ 6,6 bilhões. Os mercados emergentes na Ásia-Pacífico, América Latina, Leste Europeu, Oriente Médio e África correspondem a mais de um terço do fornecimento de computadores hoje, mas a apenas um décimo dos gastos em software. O índice deste tipo de pirataria no Brasil é de 61% do total de programas instalados. Isto é, de cada 10 softwares comercializados, seis são piratas, colocando o país em 10º lugar, totalizando prejuízos em torno de US$ 659 milhões. Se este índice caísse dez pontos percentuais, o país teria condições de criar 13 mil novos empregos e aumentar a arrecadação tributária em R$ 1 bilhão.
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