segunda-feira, agosto 03, 2009

ÚNICA FÁBRICA DE VINIL DA AMÉRICA LATINA VOLTA A FUNCIONAR


Por Márcio Sno
Fonte : http://www.portalrockpress.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=3574


No Brasil, com o aparecimento do CD nos anos 90, a vida do vinil teve os seus dias contados, sua morte decretada com o MP3 e o seu enterro anunciado com o fechamento em 2007 da única fábrica de vinis da América Latina: a Polysom.


Mas essa morte não foi engolida pelos amantes do formato que continuaram a cultuar – e a consumir – os discos vindos de outros continentes que, ao contrário do Brasil, não pararam a produção.


Uma boa notícia foi anunciada recentemente enchendo os olhos dos fãs do vinil: a DeckDisc, a gravadora que mais lança discos de rock por aqui atualmente, comprou a Polysom e deve iniciar as atividades em setembro. Os selos e bandas independentes enfim vão realizar o sonho de lançar no clássico formato. Porém, os mais céticos olham com desconfiança, pois a fábrica continuará a ser a única na América Latina, e isso, na visão deles, pode fazer com que a empresa estipule o preço que quiser.


Pelo bem e pelo mal, o vinil brasileiro está de volta e para tirar algumas dúvidas sobre esse retorno, conversamos com o produtor e sócio da fábrica, Rafael Ramos, que alerta: “a volta do vinil não tem nada a ver com retrô”.




+ entrevista

RAFAEL RAMOS



Com a chegada do CD, na década de 90, o vinil desapareceu no Brasil, ao contrário da Europa, Estados Unidos e Japão. A que você atribuiu o sumiço do vinil por aqui?

As comodidades que o CD apresentava quando surgiu - como a portabilidade, o tamanho menor, a possibilidade de se colocar muito mais tempo e música - fizeram com que o vinil perdesse espaço. Isso somado ao fim da fábrica em 2007, no exato momento em que a onda do vinil aumentava na Europa.


Em sua opinião, a volta do vinil se dá mais pela onda retrô ou pela qualidade de som que é atribuída ao formato?

Não tem nada a ver com retrô. Algumas pessoas sentem falta das capas grandes, outras do som mesmo, já que o MP3 tem a qualidade bem mais baixa, e outras do próprio fetiche de se colocar um disco na vitrola. A experiência do consumidor, o ritual de se ouvir música faz falta. Os graves também fazem falta.


A partir de qual momento perceberam que o vinil (que já teve sua morte decretada inúmeras vezes) era um nicho de mercado?

Para mim, o vinil nunca deixou de ser importante. Continuei comprando LPs e mantive meu toca-discos. Quando a gente topou entrar nessa verdadeira cruzada que é a reativação da Polysom, não tínhamos muita ideia do quanto o vinil ainda é cultuado. Agora, a sensação é que o formato acordou de repente. Todo mundo fala em vinil e, ao que tudo indica, todo mundo quer vinil. Está nos filmes, na imprensa, anúncios de empresas.


A Polysom é uma empresa apenas de prensagem de discos sem vínculo direto com a Deckdisc. Ou seja, a Deckdisc será uma cliente da Polysom, mesmo sendo do mesmo dono. Por que resolveram abrir ao invés de fechar só com seus artistas?

Porque seria um crime contra a própria música e a evolução do mercado, uma vez que a Polysom é a única fábrica da América Latina. E também porque a Polysom, por estar buscando qualidade acima de tudo, precisa faturar para investir em profissionais bons, equipamentos de primeira linha e matéria prima confiável. O nosso catálogo não sustentaria uma fábrica sozinho e são muitas as possibilidades dentro dos acervos das gravadoras. Muitos discos fora de circulação devem voltar com o retorno da fábrica.


Sendo a única fábrica de vinil na América Latina, naturalmente vocês não têm concorrência, logo, o preço vocês mesmos podem controlar. Como vai ser lidar com isso, tendo em vista questões mais delicadas como o monopólio de produção?

Estamos batalhando para oferecer o vinil pelo menor preço possível, mas não podemos simplesmente nos estrangular. Tem gente no Ministério da Cultura tentando ajudar com a redução de alguns impostos, que são vultosos no Brasil e atrapalham muito. Fora isso, as matérias primas, o PVC, o combustível, os acetatos importados, tudo é muito caro. Então, não se trata de monopólio, mas sim de manter a fábrica aberta e funcionando. Somente isso irá dirigir a decisão sobre os preços.


Em quais condições encontraram a Polysom? Quais foram as principais mudanças e o que ainda falta colocar em dia?

A Polysom estava fechada desde outubro de 2007. Só isso já dá uma ideia do quanto ela necessitava de intervenção com obras, reforma dos equipamentos e reativação dos diversos fornecedores. Está dando muito mais trabalho do que pensamos, mas achamos que os resultados serão ótimos. Estamos no meio de uma obra civil, as prensas foram desmontadas até o último parafuso e já estão remontadas, novinhas em folha, prontas para funcionar.


Um vinil simples é vendido aqui na média de cem reais. Com a produção no Brasil, esse preço pode chegar a quanto?

Isso vai depender de vários fatores: as gravadoras/artistas, os comerciantes, a arte gráfica, local de distribuição etc. Mas acreditamos que eles possam chegar ao consumidor por volta de 60 ou 70 reais.


A Polysom tem capacidade de produzir 40 mil cópias por mês. Sendo a única fábrica por aqui é certeza de que vão trabalhar full time. Isso pode estimular o crescimento/aumento da fábrica? Já pensaram nessa possibilidade?

O número certo inicial, após tudo testado, obviamente, será a capacidade de 28 mil LPs e 12 mil compactos por mês. Esse é o número inicial. Assim que estiver em produção, já estaremos trabalhando na ampliação, com mais prensas.


Você acredita que o retorno da Polysom possa estimular o aparecimento de novas fábricas aqui no Brasil ou mesmo a vinda de multinacionais para investir nesse mercado?

Lamentavelmente, achamos difícil que apareçam outras fábricas simplesmente porque os equipamentos não são mais fabricados e os que existiam foram sucateados. É uma pena, porque ajudaria muito ter mais poder de fabricação para que o vinil se estabelecesse com força. Nos Estados Unidos, a informação que temos é de que as fábricas não conseguem dar conta das encomendas.


E já há encomendas?

Tem muita gente procurando. Já sabemos os números que as gravadoras grandes e muitos independentes vão querer, pra começar. Estamos organizando a parte comercial pra poder oficializar esses pedidos.


Com o MP3 e a volta do vinil, a morte do CD está mais próxima?

A morte do CD está ocorrendo principalmente por causa da pirataria. É um produto muito bom, ninguém tem dúvida. O vinil será apenas mais uma opção para se reproduzir música.


Quais são os prós e contras para lançar em vinil?

Os custos de produção são muito mais altos. Fora isso, só há pontos positivos.


Muito se fala que o peso do vinil (120 ou 180 gramas) interfere na qualidade do som. Isso é verdade ou mito?

É um comprovado mito, quando se fala em termos de som. Mas o manuseio de um disco de 180gr é muito mais legal do que quando você pega um de 140gr, por exemplo. Se fosse melhor, os DJs, que dão valor ao som, só pediriam de 180gr, o que não acontece. Uma vez que o corte tenha sido bem feito, o som é o mesmo, o que muda é a experiência do consumidor, de ter em mãos algo mais robusto, a sensação é outra, mas o som, de novo, será o mesmo.


Qual o vinil que você possui e que não vende muito menos empresta?

Nunca emprestei meus vinis, na verdade, pedia emprestado e tentava atrasar a devolução ao máximo. No momento tenho alguns xodós. O Trash Zone, do DRI alemão, O Lullabies to Paralyze, do Queens of the Stone Age edição limitada, Os Dead Kennedys originais da época que demorei a beça pra encontrar e agora foram relançados, mas o original tem seu valor, né?


E quais você gostaria de reeditar?

Dos gringos nem se fala. Mas nacional, tem muita coisa do Jorge Ben que tem que ser relançada, todos os Mutantes com Rita Lee, Os Secos e Molhados, Os Titãs todos... Muita coisa cara, muita coisa mesmo. Os Tim Maia do início dos anos 70. Roberto Carlos... Assim ficamos nos bem óbvios, mas se abrir a porteira, não caberia aqui.


Doze de agosto é Dia do Vinil. Mais do que nunca, um dia para comemorar?

Sim, um dia para comemorar! Gostaríamos de fazer isso já produzindo o primeiro LP da nova Polysom, mas não será possível. Se tudo funcionar conforme imaginamos, estaremos funcionando comercialmente em setembro.


http://twitter.com/polysom


http://www.polysom.com.br

News MS Metal Press

DYNAHEAD: destaque absoluto na revista HornsUp

A banda brasiliense DYNAHEAD é um dos destaques da oitava edição da revista online luso-brasileira, HornsUp. Na referida publicação, os brasileiros concederam uma elucidativa entrevista abordando temas ligados ao seu primeiro álbum de estúdio, intitulado Antigen.

HornsUp - O quê representou para o DYNAHEAD a experiência de se apresentar juntamente com o Ill Niño, durante a passagem da banda norteamericana pela capital federal? E como têm sido o saldo geral das outras apresentações que vêm realizando?

Caio Duarte: Foi muito legal, o pessoal do Ill Niño é muito gente fina e é sempre um prazer tocar com bandas que respeitamos e admiramos. O mais importante nesse caso, assim como em todos os outros eventos onde tocamos com bandas estrangeiras de renome, é que não pagamos para tocar. É importante que os promoters tenham seriedade e as bandas dignidade para colocarmos um fim nessa prática asquerosa. Quanto aos outros shows, sempre é uma grande curtição, afinal é o que mais gostamos de fazer! Estamos procurando datas pelo Brasil afora, queremos tocar no máximo de lugares por onde nunca passamos quanto for possível.

HornsUp - Além da divulgação de Antigen, atualmente, a banda está envolvida em algo mais? O que se pode esperar em um futuro próximo do DYNAHEAD?

Caio Duarte: Várias coisas, ainda temos muito trabalho pela frente antes de pensar no próximo (risos)! No momento estamos envolvidos no agendamento de shows, além do lançamento do disco mundo afora. Também estamos planejando a gravação de nosso primeiro vÍdeo clipe, que certamente será algo bem legal de se fazer!

Para conferir a matéria na íntegra, basta acessar o site oficial do veículo e fazer o download gratuito do material.

Link: http://www.hornsup.net/

ENFORCER participando do I Union Metal Devotion Fest

A banda ENFORCER é uma das atrações confirmadas no I Union Metal Devotion, a ser realizado nos dias 11, 12 e 13 de setembro, na cidade catarinense de Brusque. Serão ao todo 35 bandas, das mais variadas vertentes do Metal, se apresentando em três dias de festival, numa estrutura que contará com lona de 16x40 de cobertura, possuindo espaço para 1000 pessoas, área gratuita paracamping contendo no local um dos maiores poços artesianos de água potável da região.

Segundo o vocalista Alyson Garcia: "É uma grande honra para nós da ENFORCER participar de mais uma celebração metálica da nossa região. No show apresentaremos músicas do EP Art Of Darkness, bem como, composições inéditas que estarão em nosso primeiro full lenght. Esperamos todos nossos fãs lá."

Serviço:

I Union Metal Devotion

Local: Motódromo Três Palmas da Cambota, Brusque/SC
Data: 13 de setembro (domingo)
Horário: 10h00 (dez horas da manhã)
Valor: R$ 25,00 (vinte e cinco reais) + 1kg de alimento não perecível
Informações: I Union Metal Devotion Site

Link: http://www.unionmetaldevotion.com.br/

ALMAH: Marcelo Barbosa prestando homenagem ao Dream Theater

O guitarrista da banda ALMAH, Marcelo Barbosa, se apresentará ao lado de seu outro projeto musical, o Khallice, prestando homenagem a uma de suas principais influências como artista, oDream Theater. As cidades de Brasília e Goiania receberão Marcelo, que estará executando um dos álbuns clássicos dos estadunidenses na íntegra, o Images And Words. "Sou um grande fã do trabalho do Dream Theater, e agora pintou um oportunidade bacana para prestarmos uma homenagem sincera a eles. Além da execução do Images And Words na íntegra e na ordem que foi concebido, estaremos apresentando novas e antigas composições do Khallice. Espero mesmo que todos apreciem os eventos", relatou Marcelo.

Em paralelo, o ALMAH continua o processo de composição do seu terceiro álbum, sucessor do aclamado Fragile Equality, e que tem previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2010.

Serviço:

Khallice Toca Dream Theater Tour

Local: UK Brasil Pub
Endereço: CLS 411, bloco B, Brasília/DF
Data: 26 de agosto (quarta-feira)
Horário: 22h00
Informações: 61 3346-5214

Local: Bolshoi Pub
Endereço: Rua T-53/T-2, número 1140, Setor Bueno, Goiania/GO
Data: 27 de agosto (quinta-feira)
Horário: 22h00
Informações: 62 3285-6185

JOEY SUMMER: confira releitura de clássico do guitarrista Kee Marcello

O primeiro trabalho da JOEY SUMMER BAND, intitulado Nascer, produzido pelo próprio músico, trouxe uma releitura da clássica "Rough Ride To Paradise", composição do guitarrista suéco Kee Marcello (ex-Europe). "Sou um grande admirador de toda a discografia do Europe e o Kee sempre foi uma grande influência para minha carriera. -Rough Ride To Paradise- foi a única faixa em inglês do trabalho, e foi uma grande oportunidade de mostrar aos meus fãs uma de minhas principais referências", declarou JOEY SUMMER.

Para conferir "Rough Ride To Paradise" e outras faixas que irão fazer parte do próximo álbum deJOEY SUMMER, basta acessar o MySpace oficial do artista.

Link: http://www.myspace.com/thejoeysummerband

Vocalista do Shaman irá participar do debut álbum da KATTAH

O vocalista do Shaman, Thiago Bianchi, é o mais novo convidado confirmado a participar do debutálbum da banda KATTAH, intitulado Eyes Of Sand. O grupo continua a produção do material na cidade de São Paulo, no estúdio VM&T, ao lado do produtor Fernando Quesada (Shaman)."Escolhemos a faixa Illusion Of Dreams para a inclusão do Thiago no projeto. Ela foi uma música que circulou muito em várias rádios do Brasil e exterior, sendo assim, cairá como uma luva na voz do Bianchi. Estamos todos muito felizes, com a certeza que ele deixará sua marca eternizada em nosso primeiro trabalho. Salamaleikon", afirmou o vocalista Roni Sauaf.

Eyes Of Sand tem previsão de lançamento para o primeiro semestre do ano de 2010, e contará em todo seu conteúdo com o híbrido de elementos das culturas árabe e brasileira.

IN TORMENT lançando novo site oficial

A banda de Death Metal IN TORMENT, uma das mais representativas do estilo no país, acabou de relançar seu site oficial. Toda a concepção do novo sítio foi levada a cabo pelo baixista do grupo, Maiquel Lui, que abordou um direcionamento visual voltado para o mais recente artefato lançado pelo quinteto, o single The Realms Of Perception.

Segundo Maiquel Lui: "Nosso antigo site já não mais representava o que o IN TORMENT é hoje. Precisávamos mudar, acompanhando a evolução musical da banda e, principalmente, buscando divulgar o nosso novo trabalho de estúdio, o The Realms Of Perception. Espero imensamente que nossos seguidores tenham gostado do resultado."

The Realms Of Perception está disponibilizado para download gratuito no site oficial do conjunto.

Link: http://www.intorment.com.br/


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