
Para gravar seu disco de estréia, CÉU levou mais de dois anos. Para impressionar o mercado fonográfico, menos de três meses. A cantora paulista de 25 anos, voz freqüente em jingles comerciais, é apontada como uma das promessas brasileiras para 2006 - Caetano Veloso, tradicional carimbador de novos talentos, declarou em janeiro, depois de vê-la no palco, que ela é 'o futuro', conforme publicou a colunista do 'Jornal do Brasil' Heloisa Tolipan. O deslumbre local vem acompanhado do desempenho mercadológico lá fora. Lançado pelo selo independente Urban Jungle, o CD vendeu 12 mil cópias na Holanda e na França, e os bons números renderam shows na Europa. Agora é a vez de Céu confirmar em casa o que diz em canções como 'Roda': 'Minha voz é o que me resta e rapidinho vai ecoar'. Seu disco é delicado, de repertório autoral, com sutis ousadias eletrônicas, sambas modernizados e influência da black music contemporânea. O som remete à afrociberdélia preconizada pela Nação Zumbi, aqui muito mais melódica e suave. A aposta do ano não faz pop pasteurizado nem a MPB comportada das rádios. Tomara que o sucesso se confirme, e que Céu tenha a mesma maturidade que demonstra ao compor para lidar com ele.
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