O assunto ainda é música, mas o Programa Pelourinho Cultural (IPAC), da Secretaria de Cultura da Bahia, inovou em fevereiro com a proposta de realizar um encontro para um bate-papo com os principais percussionistas da música brasileira.
O evento vai acontecer na Praça Pedro Arcanjo entre os dias 12 e 15 do mês - sempre às 14h. Para falar sobre o assunto, foram convidados os músicos Peu Meurray, Márcio Victor (do grupo Psirico), Orlando Costa, Bira Reis, Gustavo D'Dalva, Gabi Guedes e Waltinho Cruz (do Chiclete com Banana).
O projeto Tudo é Percussão foi idealizado em parceria com o percussionista baiano Leonardo Reis. “Vamos desenvolver uma forma mais dinâmica de estudo e valorizar a discussão sobre os diferentes ritmos brasileiros. Na Bahia, o percussionista consegue misturar elementos de diferentes culturas e tocar os mais diversos instrumentos”, destaca Leonardo.
A pauta dos encontros, mediados pelo professor de percussão da UFBa, Jorge Sacramento, será variada e os músicos prometem abordar assuntos como criatividade rítmica, estilo, técnica, diversidade cultural, entre outros temas. Os percussionistas foram cuidadosamente escolhidos. “Todos eles estiveram em turnês fora da Bahia e tocaram com grandes nomes, a exemplo de Marisa Monte, Maria Bethânia e Caetano Veloso. Eles agregam uma vasta experiência”, diz Leonardo. Estudantes, músicos e o público em geral estão convidados a comparecer no encontro, que é gratuito.
De acordo com a Diretora do Pelourinho Cultural, Ivanna Soutto, o projeto é uma continuidade da série de eventos especiais realizados no Pelourinho desde agosto do ano passado, a exemplo dos projetos Viva a Cultura Popular, Lugar de Criança é no Circo, Blackitude e o curso de capacitação oferecido às baianas do Centro Histórico. “Agora, é a vez da prata da casa. A percussão é a base da sonoridade musical elaborada no Pelourinho. Convivo com ela há mais de vinte anos e, agora, vamos fortalecer as nossas referências e compartilhar o que já acumulamos”, avisa Ivanna.
Para os músicos o projeto Tudo é Percussão também tem um significado especial. Para Peu Meurray é uma oportunidade de discutir responsabilidade social e ambiental, mesmo quando o assunto é música. À frente do projeto Galpão Cheio de Assunto, Peu transforma pneus velhos em instrumentos e caixas de som, além de mesas e cadeiras. “Estarei presente para um bate-papo. Quero ouvir as pessoas e falar sobre as minhas experiências. Vou levar um caldeirão de assunto”, diz Peu. O artista promete mostrar parte da sua instalação plástica feita de pneus.
Peu alerta também para a importância de realizar projetos como este, onde o público tem contato com a arte sem que precise desembolsar qualquer valor. “Valorizo projetos para o povo. É legal que estes jovens músicos ou a população de modo geral tenham contato com o artista e saibam mais sobre a sua história”, diz.
Orlando Costa concorda com o colega. “Na minha época a informação era muita cara. Com este projeto, os novos percussionistas têm acesso gratuito à informação. Eles poderão aprender com a nossa experiência e, assim, terão referência sobre como caminhar. Torço pela percussão”, diz o músico, que promete falar sobre a importância da disciplina para os jovens profissionais. E para quem não entende tanto de música, mas gosta de um ouvir as batidas de um instrumento de percussão, Leonardo Reis avisa: “Podem acontecer milhões de coisas. Com certeza, o público vai conferir a performance dos artistas”.
Serviço:
O quê: Projeto Tudo é Percussão
Quando: De 12 e 15 de fevereiro, às 14h
Onde: Praça Pedro Arcanjo (entrada franca)
Programação:
12/02 – Gustavo D'Dalva e Márcio Victor
13/02 – Bira Reis e Waltinho Cruz
14/02 – Gabi Guedes e Peu Meurray
15/02 – Orlando Costa e Leonardo Reis
Nenhum comentário:
Postar um comentário